Domingo, 16 de Novembro de 2011.

"Somos feitos de carne, mas temos de viver como se fôssemos de ferro."
(Freud)

  

  

Em caráter especial, nós, do Caderninho, vimos neste Domingo chuvoso e frio, acalentar os pensamentos daqueles que sentem uma tristeza sem precedente, uma saudade antecipada, uma dor que não se explica...ou sabe-se lá que nome dar àquele sentimento que nos invade sem marcar hora, como se, agendando uma visita, fôssemos capazes de deixá-lo invadir nosso ser...ou também aquela dor proveniente da perda...

Difícil ser forte o tempo todo, difícil sorrir o tempo todo e mais difícil ainda: aceitar a partida daqueles que amamos.

Não existe uma fórmula certa para entender as passagens desta vida e não há um acordo bilateral entre nós e o destino, mas há a força que nos impulsiona dizendo que os dias devem ser vividos e a dor, mesmo que terrível, deve ser superada, pela simples lembrança daquilo ou daqueles que nos fizeram bem. Se não temos mais este alguém, temos sua lembrança, seu aprendizado, sua energia fluindo em nós.

    

“Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente."
(Clarice Lispector)