sexta-feira, 30 de setembro de 2011


Cesta de Cultura!!!
Hoje é dia...hoje é dia de Cesta!
Às sextas...você é convidado a abrir a nossa Cesta e a deliciar-se com tanta informação bacana sobre cultura, lazer e entretenimento.
Hoje, abrimos a Cesta que vem transbordando de informações culturais de dois nomes importantes em nossa Arte.
 Abrindo a Cesta  para falar da vida e obra do ‘poetinha’  Vinicius de Moraes, que foi diplomata, jornalista, dramaturgo, poeta e compositor.
Marcus Vinicius da Cruz e Mello Moraes , nasceu no ano de 1913, no Rio de Janeiro. Faleceu em 1980, no Rio de Janeiro.
Em 1920 compôs algumas canções, conheceu em 1930 escritores como Manuel Bandeira, Oswald de Andrade e Mário de Andrade.
Vinicius graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais; anos depois trabalhou como censor cinematográfico no Ministério da Cultura, estudou na Universidade de Oxford Literatura e Língua Inglesa; ao retornar ao Brasil, atuou como crítico de cinema em um jornal e colaborador de revista. Lançou a revista Filme, em 1947, como jornalista crítico de cinema.
Tentou a carreira diplomática, assumindo no ano de 1946, o posto de vice-cônsul em Los Angeles, onde freqüentava a casa do escritor Sergio Buarque de Holanda, passando também por Paris e Roma; foi aposentado compulsoriamente pelo Ato conhecido como AI5, durante a ditadura militar, sob a alegação de que seu comportamento boêmio o mantinha afastado de suas atribuições.
Em 1950 conhece aquele que seria um de seus maiores parceiros musicais, Tom Jobim; à esta época Vinicius deslanchava na carreira musical, onde suas composições foram gravadas por muitos artistas da época.O ‘poetinha’, apelido que lhe fora conferido pelo parceiro Tom Jobim, permaneceu bem sucedido na música anos mais tarde, com o novo parceiro, Toquinho.
Vinicius foi o principal letrista das canções da bossa nova, gênero musical derivado do samba, que trazia influências do jazz estadunidense; seu start no gênero foi com a canção ‘Chega de Saudade’, e sua parceria com Tom Jobim rendeu à dupla sucessos memoráveis, entre eles ‘Eu sei que vou te amar’,’Insensatez’ e ‘Garota de Ipanema’.
Sua obra é vasta e perpetua-se, sendo até os dias de hoje prestigiada na música brasileira. Artistas internacionais, antigos e atuais gravaram seus sucessos e a canção já mencionada ‘Garota de Ipanema’ figura entre as canções mais regravadas pelo mundo.
Ofereçemos aos leitores do Caderninho, um bom momento do ‘poetinha’:

Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive)
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


Renato Manfredini Júnior,
Pra nós que o amamos, simplesmente Renato Russo.

Falar da importância de Renato para a cultura nacional seria desnecessário, pois poucos como ele conseguiram deixar seu registro no coração de seus fãs com tanto carisma, dignidade e respeito.  Soube separar com sabedoria o homem do artista e suas músicas até hoje nos fazem refletir sobre o mundo em que vivemos e o mundo que queremos construir para nossos filhos.

Dentre todos os cds gravados, deixou dois solos que são maravilhosos:  um em inglês com músicas mais antigas e um em italiano, divino.
Veja a discografia completa que ele nos deixou:
        

...e enquanto você lê um pouco sobre ele, ouça:
  
  
Até os seis anos de idade, Russo sempre viveu no Rio de Janeiro junto com sua família.  Nessa época teria escrito uma bela redação chamada "Casa velha, em ruínas…". Em 1967, mudou-se com sua família para Nova Iorque.  Aos nove anos, em 1969, Russo e sua família voltam para o Brasil, indo morar na casa de seu tio Sávio numa casa na Ilha do Governador, Rio de Janeiro.
Em 1973 a família trocou o Rio de Janeiro por Brasília, onde passou a morar. Em 1975, aos quinze anos, Renato começou a atravessar uma das fases mais difíceis e curiosas de sua vida quando fora diagnosticado como portador da “epifisiólise” uma doença óssea.  Fez uma cirurgia para implantação de três pinos de  platina na bacia. Durante o período de tratamento Renato teria se dedicado quase que integralmente a ouvir música, iniciando sua extensa coleção de discos dos mais variados estilos.
Sua primeira banda foi o “Aborto Elétrico”, ao lado dos irmãos Fé e Flávio e do sul-africano  André Pretorius.  O grupo durou quatro anos, de 1978 a 1982, terminando por brigas entre Fê e Renato. O Aborto Elétrico foi a semente que deu origem à Legião Urbana e ao  Capital Inicial formado por Fê e Flávio, junto Loro Jones e Dinho Outro Preto.
Após o fim do Aborto Elétrico, Renato começa a compor e se apresentar sozinho, tornando-se o Trovador Solitário. A fase solo durou poucos meses, até que o cantor se juntou a Marcelo Bonfá  e Paulo Guimarães  formando a  Legião Urbana, tendo Renato como vocalista e baixista.  Suas  principais  influencias eram as bandas de post punk.
Após os primeiros shows, Eduardo Paraná e Paulo Paulista saem da Legião. A vaga de guitarrista é assumida por Ico-Ouro Preto, irmão de Dinho Ouro-Preto, que fica até o início de 1983. Seu lugar é assumido definitivamente por Dado Villa-Lobos.   A entrada de Dado consagrou a formação clássica da banda.
À frente da Legião, que contou com o baixista Renato Rocha entre 1984 e 1989, Renato Russo atingiu o auge de sua carreira como músico, sendo reconhecido como o mais importante compositor do rock brasileiro, criando uma relação com os fãs que chegava a ser messiânica.
Renato Russo morreu pesando apenas 45 quilos, em consequência de complicações causadas pela  Aids, (era  soropositivo desde 1989, mas jamais revelou publicamente sua doença).
Deixou um filho, Giuliano Manfredini, à época com apenas 7 anos de idade. O corpo de Russo foi cremado e suas cinzas lançadas sobre o jardim do sítio de   Roberto Burle Marx.
No dia 22 de outubro de 1996, onze dias após a morte do cantor, Dado e Bonfá, ao lado do empresário Rafael Borges, anunciaram o fim das atividades do grupo. Estima-se que a banda tenha vendido cerca de 20 milhões de discos no país durante a vida de Renato. Mais de uma década após sua morte, a banda ainda apresenta vendagens expressivas de seus discos pelo mundo.

Desejamos à todos vocês, um Final de Semana Poético!
Equipe Caderninho.


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